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Lâmpada de LED de pontos quânticos pode reduzir consumo de luz em 50%

Tecnologia deve permitir a fabricação de LEDs brancos mais poderosos e eficientes!

Pesquisadores descobriram que é possível fabricar lâmpadas de LED que geram o dobro de luminosidade consumindo a mesma energia que os modelos atuais. De acordo com os cientistas Universidade Koç, na Turquia, a troca dos sistemas de iluminação para lâmpadas de LED com pontos quânticos poderia reduzir o consumo de energia do planeta em mais da metade. A tecnologia pouparia o equivalente à produção de eletricidade de 230 usinas à carvão de 500 megawatts.

Embora não exista uma data prevista para os frutos do estudo chegarem ao consumidor final, os cientistas trabalham para ampliar ainda mais a capacidade dos protótipos.

LED usa pontos quânticos para atingir níveis mais intenso de luminosidade sem aumentar o consumo de energia (Foto: Divulgação/Universidade de Koç)

A técnica de fabricação que usa os pontos quânticos possibilita a criação de LEDs brancos capazes de atingir um registro recorde de 105 lumens (medida de luminosidade) por watt de energia consumido. Ou seja, duas vezes maior do que é possível com as tecnologias atuais. Segundo os cientistas, projeções mostram que 200 lumens por watt (lm/W) são uma possibilidade no futuro.

Os pesquisadores usaram LEDs de cor azul comercialmente disponíveis no mercado. Entre esses LEDs e uma lente para dispersão da luz foi criado um meio líquido, em que pontos quânticos foram inseridos. Esses pontos quânticos liberam luz verde e vermelha quando iluminados pelo LED azul, resultando em uma luz branca dissipada pela lente. O uso do substrato líquido é importante para contornar os sérios desafios e custos de manufatura que já existem no uso da tecnologia dos pontos quânticos em telas das TVs atuais.

A técnica resulta lâmpadas mais eficientes porque contorna alguns dos problemas na fabricação de LEDs brancos. Atualmente, LEDs brancos são fabricados com LEDs azuis e uma camada de uma substância à base de fósforo, que quando iluminada libera uma luz amarelada. A combinação do azul e do amarelo formam a luz branca. Entretanto, essa técnica é propensa à imprecisão, dificuldade de balancear o tom da luz e ineficiência energética.

Cristiane Tavolaro

Sou física, professora e pesquisadora do departamento de física da PUC-SP. Trabalho com Ensino de Física, atuando principalmente em ensino de física moderna, ótica física, acústica e novas tecnologias para o ensino de física. Sou membro fundadora do GoPEF - Grupo de Pesquisa em Ensino de Física da PUC-SP e co-autora do livro paradidático Física Moderna Experimental, editado pela Manole.

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